segunda-feira, 26 de julho de 2010

XI Depois do Beijo

XI
DEPOIS DO BEIJO

Senti a boca de Juliana na minha. Percebi então que realmente Juliana me amava; mas após o beijo, ela ficou olhando um pouco para mim, sem me dizer nada e saiu correndo.
Fiquei a pensar se ela não gostou do beijo; tive dúvidas: por que ela saiu correndo? Não queria nem pensar, mas esquecer aquele beijo jamais esqueceria, porque foi inesquecível.
Perguntava-me porque a vida era assim, cheia de limitações e desafios e, o pior, de dúvidas. Eu a amava e ela, me amava? Já não sabia. Por que o amor era assim?
Tinha que tomar uma decisão. Já não podia viver naquela ilusão; era preciso fazer algo imediatamente. A paixão me dominava, a solidão me apavorava. E Juliana, ela me amava?
Decidi de uma vez: saí à procura de Juliana e a encontrei em uma praça, sentada a observar as flores. Aproximei-me e sentei perto dela; ficamos em silêncio por alguns minutos, mas então comecei a falar, querendo quebrar o silêncio que já me atormentava:
― Juliana, desculpe, mas eu já não suportava mais viver sem ter você. Tinha que fazer algo. Nunca tinha amado alguém assim, não sei bem o que fazer. Tenho medo, muito medo. Você é tudo para mim, é menina, é paixão, é desejo, é doce emoção, é amada, princesa, fada que me encantou e me deixou completa-mente sem razão.
― Não fale mais nada! ― cortou ela, surpresa. ― Estou confusa, preciso pensar. Vou para casa. Amanhã nos veremos.
Era uma noite de domingo, passava das 21h00min. A praça tinha um grande movimento.
Juliana pegou um táxi e foi para sua casa.
Fui andando para a minha e ao chegar lá fui diretamente ao meu quarto, onde deitei e dormi.















Nenhum comentário:

Postar um comentário